terça-feira, 18 de junho de 2013

#APatriadeChuteiras

fonte: Ministério do Esporte

Escrito deste modo, o título parece atual, mas não é. Remete ao período da ditadura quando o futebol fora utilizado como ópio para alienar a população.

Hoje, após uma bem organizada convocação popular pelas redes sociais, o Ministério do Esporte, cujo ocupante da cadeira é filiado ao Partido Comunista do Brasil e foi líder estudantil como presidente da UNE no período histórico citado anteriormente, utiliza a mesma frase através da hashtag #APatriadeChuteiras reiterando uma campanha de união pela hashtag #JuntosBrasil, o que acaba por ser lamentável.

E ainda tem mais, o ministro afirma (leia a matéria) que o governo não irá tolerar que os protestos atrapalhem ou impeçam a realização dos jogos da Copa das Confederações 2013.

Atos violentos que depedram patrimônio público ou agridam indivíduos devem ser repudiados, mas manifestações populares pacíficas, independente de quais sejam seus motivos, não. Faz parte da democracia.


Havia uma certa impáfia de nossos políticos até então.

Tanto que a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman, veste uma camisa, aparentemente da seleção nacional de volei com a marca do Banco do Brasil estampada.

Uma vez que o banco que patrocina o evento é o Itaú, nossa ministra posa serelepe cometendo uma das ações de marketing de emboscada mais fantásticas realizadas até hoje, na tribuna de honra ao lado do presidente da FIFA.

(Marketing de emboscada por associação ou por intrusão é criminalizado pela Lei Geral da Copa em seu Capítulo VII Arts, 32, 33 e 34 com pena de 03 meses a 01 ano de detenção ou multa.)

Achavam-se intocáveis, afinal, os resultados das pesquisas de popularidade sinalizavam altos índices a seu favor.

Não imaginavam ou fingiam não saber que havia uma boa parte de descontentes.

Agora tem a certeza.

Resta saber o que virá a seguir. Repressão. Conciliação. Apropriação.

Quem será o próximo Lindbergh a se beneficiar com tudo?

Melhor mesmo, seria a presença das loiras holandesas barradas na África do Sul só porque vestiam laranja, a frente das passeatas distribuindo suas cervejas, acalmando baderneiros e policiais.


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